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13 de dez. de 2012

FELV estudo da UFMG



Ocorrência do vírus da leucemia felina 
em Felis cattus em Belo Horizonte

F.M. Coelho 1; M.Q. Maia 1; M.M. Luppi 1; E.A. Costa 1e 2; A.P.M.F. Luiz 1; N.A. Ribeiro; M.R.Q. Bomfim1; F.G. Fonseca 3; M. Resende 1
1 Laboratório de Virologia Comparada - Instituto de Ciências Biológicas - UFMG - Belo Horizonte, MG
2 Laboratório de Patologia Molecular - Escola de Veterinária - UFMG - Belo Horizonte, MG
3 Laboratório de Agentes Recombinantes - Instituto de Ciências Biológicas - UFMG - Belo Horizonte, MG



O vírus da  leucemia felina (FeLV), pertencente à família  Retroviridae e ao gênero ammaretrovirus, pode infectar gatos domésticos e esporadicamente felinos selvagens. Este retrovírus felino está associado a uma série de doenças degenerativas ou proliferativas, tais como leucemias e linfomas. A leucemia e o linfoma são manifestações incomuns da infecção provocada pelo FeLV nos animais persistentemente infectados, sendo mais frequente o desenvolvimento de anemias, doenças neurológicas e imunodeficiências. O 
FeLV foi classificado em quatro subgrupos distintos, FeLV-A, FeLV-B, FeLV-C e FeLV-T, 
de acordo com diferenças nas sequências de nucleotídeos da região N-terminal da glicoproteína de superfície (SU). Tais variações nesta proteína provocam alterações estruturais responsáveis pela utilização de diferentes receptores nas células hospedeiras (Levy  et al., 2008; Torres et al., 2010). 
...
A infecção por  esse retrovírus pode ser diagnosticada pela detecção do antígeno viral 
p27 nos leucócitos, plasma, soro, lágrimas ou saliva dos animais infectados. Os testes mais 
utilizados são os ensaios de imunofluorescência por anticorpo (IFA) e o ensaio imunoenzimático direto (ELISA) (Torres et al., 2010). Entretanto, testes moleculares como a reação em cadeia  da polimerase  (PCR), estão cada vez mais sendo utilizados devido às vantagens sobre os testes sorológicos, pois, além de detectarem e identificarem os agentes virais, permitem também caracterizá-los geneticamente (Tandon et al., 2008). 
Estudos epidemiológicos demonstram que o FeLV está disseminado em vários países e que sua ocorrência varia de acordo com a região  geográfica. No Brasil, estudos sorológicos 
realizados em São Paulo e  no  Rio de Janeiro mostraram que a prevalência varia de 12,5 a 
20,3%, respectivamente (Hagiwara  et al., 1997; Souza et al., 2002). Em Minas Gerais, um estudo sorológico realizado em abrigos de gatos em Belo Horizonte detectou prevalência de 22,5% em fêmeas e de 10%, em machos (Teixeira et al., 2007).
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Os resultados mostram a importância do uso de  métodos moleculares como a PCR para 


diagnóstico do FeLV, principalmente em casos de infecções latentes que normalmente não são detectadas pelos testes sorológicos. Além disso, realçam a necessidade da implementação de medidas apropriadas de controle da transmissão do FeLV, uma vez que grande número de animais apresentaram-se positivos.

FONTE: SCIELO <http://www.scielo.br/pdf/abmvz/v63n3/v63n3a37.pdf>

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